FORTALEZA

Busca por sobreviventes de prédio que ruiu em Fortaleza entra no 2º dia

Há 300 homens trabalhando no local com o auxílio de cães farejadores, drones e uma plataforma elevada que permite a visualização mais ampla do local.

Reprodução

As buscas por vítimas no desabamento do Edifício Andreia continuam na manhã desta quarta-feira (16/10). Pela manhã, o Corpo de Bombeiros local confirmou a segunda morte. A vítima fatal ainda está sob os escombros e deve ser resgatada nas próximas horas.

O prédio residencial desabou ontem de manhã no bairro Dionísio Torres, área nobre da capital cearense.As autoridades informaram ainda que nove pessoas foram resgatadas com vida dos escombros e nove ainda não foram localizadas. Há 300 homens trabalhando no local com o auxílio de cães farejadores, drones e uma plataforma elevada que permite a visualização mais ampla do local.

Na tarde de ontem, um porta-voz dos Bombeiros chegou a confirmar a morte de uma pessoa, mas por volta das 18h30, as autoridades do governo estadual passaram a informar que não há nenhuma vítima fatal em decorrência do desabamento.
 

O grupo de WhatsApp do condomínio publicou vídeo na noite anterior, feito por um morador, com bate-papo sobre as condições precárias das colunas do prédio, que estava em reformas.

Os moradores disseram que a maior parte da população do prédio é formada por casais e idosos. Os bombeiros estimam que boa parte dos moradores não estava no local na hora do desabamento, que ocorreu em horário comercial. Alguns moradores alegaram que parte dos apartamentos estava desocupada devido aos sinais de deterioração dos pilares do prédio. Um bombeiro presente no local afirmou que o prédio caiu como se tivesse sido implodido e tombado, em parte, na direção da rua. 

Desabamento 

O resgate das vítimas iniciou logo após o desabamento, que ocorreu às 10h30, e se estendeu até a noite. O prédio localizava-se a cerca de três quilômetros da Praia de Iracema, ponto turístico da cidade.

O estudante de arquitetura David Sampaio Martins, 22 anos, morador do edifício, que estava nos escombros, enviou uma selfie no grupo da família, sorrindo e fazendo o sinal de positivo, para tranquilizar os familiares. Ele foi a oitava pessoa a ser resgatada. 

A região em torno do edifício foi bloqueada a pedido do Corpo de Bombeiros, que também solicitou que todos os moradores da área deixassem suas residências e fizessem silêncio para facilitar a localização das vítimas. De acordo com os bombeiros, há risco de explosões devido a um possível vazamentos de gás, além da possibilidade de choques elétricos por causa dos fios de energia espalhados pela rua.

De acordo com relatos de testemunhas, após a construção começar a cair, foram vistas pessoas correndo para longe do condomínio. Pedestres que passavam pelo local tiveram ferimentos e foram encaminhados para clínicas próximas ao prédio. Os entulhos caíram sobre casas vizinhas e sobre um caminhão.

A Prefeitura de Fortaleza informou, em comunicado, que montou um plano de contingência para atender as vítimas. Profissionais do Instituto Dr. José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza, maior hospital de urgência e emergência do Ceará, foram deixados de prontidão para os atendimentos, junto com equipes de outras três unidades de saúde (UPA, Frotinhas e Gonzaguinhas).

No início de junho, um prédio no bairro Maraponga teve desabamento parcial, depois da queda das colunas de sustentação. Na ocasião, moradores precisaram ser retirados de casas vizinhas. A Polícia Civil do Ceará indiciou os proprietários pelos crimes de desabamento e dano qualificado, há duas semanas.


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