DEMISSÃO

Zago não resistiu à pressão após a derrota para o Paysandu

O clube confirmou oficialmente a informação por volta das 13h30, quando publicou a demissão no site oficial

Técnico não resistiu à pressão após a derrota para o Paysandu, pela terceira rodada da Série B, e deixa o clube após quase seis meses, com 57,77% de aproveitamento
O cenário insustentável para a permanência de Antônio Carlos Zago, construído ainda nos vestiários do Mangueirão, enfim foi confirmado pela diretoria do Inter, já em Porto Alegre. Após a derrota por 1 a 0 para o Paysandu, no último sábado – a primeira na Série B – a diretoria de futebol colorada se reuniu neste domingo e demitiu o treinador. Além do comandante, o auxiliar técnico Galeano e o preparador físico Carlos Pacheco também deixam o Colorado. Ainda não há substituto escolhido.
O clube confirmou oficialmente a informação por volta das 13h30, quando publicou a demissão no site oficial. Na nota, desejou sucesso ao treinaodor.

30 jogos e apenas 57% de aproveitamento
Zago deixa o Inter após completar exatos 30 jogos no comando da equipe, com o título da Recopa Gaúcha como ponto alto – há ainda o vice no Gauchão, para o Novo Hamburgo. Ao todo, o técnico soma 14 vitórias, 10 empates e seis derrotas, com 47 gols feitos e 27 sofridos. O aproveitamento é de 57,77%.
A queda do treinador parecia questão de horas ainda no Mangueirão, após a derrota. Ao término da partida, o vice de futebol Roberto Melo evitou bancar a permanência em sua entrevista coletiva. Acostumado a reiterar a confiança no técnico, o dirigente se limitou a dizer que não iria fazer uma “análise pública” sobre Zago durante sua manifestação.
O discurso vai ao encontro da pressão crescente da torcida sobre o técnico, em meio a uma sequência com apenas duas vitórias nos últimos 10 jogos e o vice no Gauchão. No último sábado, após o empate em 1 a 1 com o ABC, em pleno Beira-Rio, Zago foi alvo de cobranças da torcida.

Reformulação no Internacional
O treinador encerra sua passagem sem conseguir dar uma cara, de fato, à equipe. Em meio a uma severa reformulação com mais de 40 saídas e 13 reforços, o comandante repetia insistentemente a necessidade de tempo para atribuir padrão de jogo ao Colorado. E contava com respaldo da diretoria no início do trabalho, que de foi de oscilação pura, com classificação apenas em sétimo às quartas de final do Gauchão.
Em meio à pressão na fase de mata-mata, a equipe engrenou no esquema 4-3-2-1 e chegou à final em alta, em especial após despachar o Corinthians na quarta fase da Copa do Brasil. Mas a perda do título para o Novo Hamburgo, na grande final, voltou a fazer a pressão se intensificar sobre o seu nome. Mais um início oscilante, agora na Série B, foi o estopim para a demissão.
O Inter volta a vasculhar o mercado à procura de um treinador. Algo que, aliás, é recorrente ao clube. Em menos de um ano, Zago é o quinto técnico a passar pelo Beira-Rio. Desde julho do traumático 2016, Argel, Falcão, Celso Roth e Lisca estiveram no comando da equipe.
Os nomes cotados para o cargo são de treinadores mais experientes, como Levir Culpi, Marcelo Oliveira e Guto Ferreira. Com ou sem técnico, o Inter volta a campo na próxima quarta-feira e com missão árdua. O Colorado encara o Palmeiras, às 21h45, no Beira-Rio, pelo jogo da volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Na ida, a equipe foi derrotada por 1 a 0 em São Paulo.

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